O passe na Umbanda: saiba mais sobre esta importante prática espiritual

A palavra “passe” tem origem no Espiritismo kardecista, e traz a ideia de “passar” ou “transmitir” algo a alguém. Na Umbanda, o passe é uma importantíssima prática espiritual, uma espécie de “remédio” para os frequentadores da gira.

Apesar de uma pequena diferença entre os passes doados no espiritismo (Kardecistas) e na religião Umbandista; da mesma forma os passes são extremamente eficazes para aqueles que o buscam com amor, boa intenção e fé. Portanto, quando falamos de passe, o mais importante, na verdade, é como será recebido esse passe; pois a doação sempre é feita de uma forma amorosa, caridosa e cheia de fé.

O passe nada mais é que um auxilio produzido pela troca de fluidos e energias entre o espírito incorporado e o consulente; no qual o espírito, por meio do médium, retira as más energias e vibrações que possam estar atrapalhando o consulente; e lhe devolve energias puras, limpas, de paz e proteção. É como um remédio que recebemos quando não estamos nos sentindo muito bem; e que nos ajuda a melhorar e sentir paz.

O passe representa um importante recurso de auxílio às pessoas que estejam enfermas, desgastadas emocionalmente; ou, ainda, sob assédio de maus espíritos; e são oferecidos, indistintamente, a todos os que procuram ajuda numa casa de Umbanda. Constitui, assim, uma das principais formas de caridade e auxílio, princípios fundamentais da religião Umbandista.

COMO É FEITO O PASSE?

Dentro da Umbanda, o passe é o momento no qual o consulente se dirige ao médium incorporado com uma Entidade de Luz, e no caminhar da consulta, além de pedir conselhos espirituais, fazer pedidos diversos, o consulente recebe dessas divinas Entidades de Luz uma benção em nome de Deus e que, dentro do merecimento, sejam atendidos nas suas necessidades.

Além do uso da imposição das mãos no momento de dar o passe, cada entidade pode se utilizar de métodos ou técnicas específicas para realizar seu passe, como o uso cachimbos, charutos, ervas, água de cheiro e perfumes, gestos, objetos como rosário, cruz, etc..

As Entidades sabem exatamente quais as técnicas que deverão aplicar a cada tipo de necessidade, porém ao percebermos algo que esteja fora da ética, do bom senso e do respeito, podemos afirmar sem dúvida nenhuma que isso não faz parte do trabalho das Entidades de Luz, e sim da mistificação de falsos médiuns que não foram preparados para tal função.

Podemos, assim, definir o passe como uma aplicação de um conjunto de forças espirituais divinas, pois além de explorar todos os recursos possíveis de imposição das mãos, ainda se utilizam outros elementos e técnicas variadas.

QUEM PODE DAR O PASSE?

Esses passes nos são dados por Entidades de Luz, como por exemplo por Pretos Velhos, Caboclos, Erês, enfim, todas as Entidades de Luz que estão nos templos de Umbanda em prol da caridade, do amor e da paz. Mas os passes ocorrem por intermédio da incorporação dos médiuns.

É normal, em uma doação de energias através dos passes, os médiuns sentirem uma fadiga bastante elevada. Isso deixa claro indícios de que houve uma grande transferência fluídica em benefício dos consulentes necessitados.

Para o bom resultado desses passes, é de extrema importância que, no dia em que irá trabalhar com as entidades dando passes nos frequentadores da casa, o médium cumpra todos os preceitos e preparações necessárias para tal atividade.

Uma preparação inadequada por parte do médium, seja espiritual, mental ou corporal; poderá interferir no resultado ou no objetivo do passe. Tanto pode causar uma troca energética ineficiente para o consulente; como pode resultar  em uma sobrecarga, no médium, de energias negativas “puxadas” dos consulentes.

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